sábado, 31 de março de 2012

Sentimentos... sentidos... sem...

E se a gente fugisse? Seria então diferente? Ou permaneceria essa distância inseparável entre nós? Esse cansaço oportuno e esses olhos desejosos de algo mais. Um algo mais tão simples e tão singular. Desejava somente um tanto de verdade e uma pitadinha de cuidado. Algo incomum nesses dias atuais.

O que os atrelava e os fazia se perder um no outro era o como se conheciam. Como conheciam o tocar, o calar, o trocar de olhares tão peculiar. Não se precisavam nem olhar. Era mais que ciúme, era cuidado. Era mais que incomum, era fantástico. Era mais que paixão, era amor. E o sofrer do outro era sempre mais doído do que seu próprio sofrer.

Havia muito sentimento pequeno e mesquinho. Havia! Não se pode negar. Mas a nobreza do amor que sentiam ultrapassava os limites do que outrora foram capazes de chamar de carinho. Era só isso.Simples assim, e todos insistiam em complicar.

Também vi lágrimas. Algumas mais pesadas que outras, mas todas traziam um pouco de dor. E de todas que vi pesar, a mais terrível e dolorosa foi a que se lançou diante do beijo que não se fez dar.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Obras adiante. Desculpe o transtorno.

Não era pra você se apaixonar! Era só uma brincadeira de gente grande.
Você não seguiu as regras de um jogo do qual foi o primeiro a ditar.
E agora me vejo nesse sufoco
Nessa fase de mutação constante
Como se a vida fosse um canteiro de obras que nunca terminam
A cada dia um novo sentimento
A cada sentimento uma nova alegria, ou não




A cada palavra lançada, a esperança de que seja verdade e o desejo de não se enganar
Isso foi o cultivo involuntário
Resultado de um querer bem tão genuíno...
Era pura vontade de se cuidar
Mas não era pra ninguém se iludir... nem se apaixonar.
E agora? O que fazemos desses dois corações desenganados?
O que se há de fazer com esse constante palpitar?

Circo de Paixões

Ela não precisava e nem queria muito. Ela só queria saber o lugar que ela devia ocupar. Até onde ela estaria segura. O caminho que ela trilharia, sabendo que iria chegar no destino sem quedas nem arranhões. Mas ela não tinha certezas... nem destino.

Ela só precisava de um abraço e uma única palavra que a fizesse ficar. Mas havia um excesso de palavras... uma ausência de atenção e uma vontade de se perder que ultrapassavam os limites de sua compreensão. 

Ela tentou partir algumas vezes. Mas acabou voltando por estar demasiado presa à esse circo de paixões flutuantes. Ela não estava só. E sentia-se mais só do que nunca. Ela era protagonista, mas não havia história a ser contada. Então ela se viu... dispensável.

Não deveria ter sido tão difícil partir, então. Ela partiu, com o coração na mão, muitas coisas na bolsa e algumas ilusões. Mas talvez poucas a fariam acreditar... mais uma vez. Talvez fora apenas mais um circo de paixão.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Pra que fique claro...

Quem sempre sorri também tem motivos pra chorar. O perdão existe e pode ser verdadeiro, mesmo que as desculpas não sejam. E essa história de “os olhos são o espelho da alma”, é verdadeira, mas somente pra quem tem alma.

Fingir não é difícil, e há pessoas que vivem disso. São verdadeiros atores da vida real. E há atores que só sabem fingir no palco, e são verdadeiros bobos na vida real.

Há o peso da palavra lançada, o peso da lágrima derramada e o peso do sofrimento calado. E eles andam sempre lado a lado.

Um sorriso não significa felicidade. Uma lágrima não significa depressão. Uma escolha errada não significa o fim e uma boa escolha não significa que ela não seja errada.

Há pessoas que sonham e as que realizam. Uns vão, outros ficam. Uns cantam, outros dançam. Uns fazem, outros compram. Uns falam, outros calam e outros simplesmente ignoram.

E pra que fique claro, falar com quem não se tem apreço, não é falsidade, é educação. Cumprimentar estranhos ao adentrar um lugar, é nobre. E não falar mal de quem não se pode defender, é questão de caráter. Uns têm, outros não.